Este ano, a ONU definiu como tema do Dia Internacional da Mulher o seguinte: “Por um mundo digital inclusivo: Inovação e tecnologia para a igualdade de gênero”. Na Reservamos SaaS, quisemos retomar essa reflexão para conversar com mulheres destacadas que fazem parte do setor rodoviário e que estão mudando o jogo da inovação e do desenvolvimento tecnológico. Conversamos com elas sobre o impacto da participação das mulheres para acelerar a inovação e o desenvolvimento tecnológico e sobre como estão impulsionando o crescimento do setor por meio de suas ideias, talento e visão.
Seu exemplo e trajetória demonstram que a presença das mulheres é fundamental para traçar novos caminhos em direção a um futuro mais igualitário e tecnologicamente avançado.
Do setor em que você atua, como podemos contribuir para alcançar um mundo digital mais inclusivo?
Graças ao avanço das novas tecnologias, torna-se cada vez mais necessário a existência de espaços digitais em que os usuários estejam completamente integrados. O usuário hoje precisa se relacionar com nossos serviços da maneira mais rápida e eficiente possível.
Devemos avançar na geração de conteúdos e ofertas digitais cada vez mais inclusivos e variados.
Para o GTP, avançar na digitalização de nossos serviços e produtos é um compromisso com o cliente. A indústria de transporte de passageiros deve ser capaz de contribuir para a inclusão digital, trabalhista e social, em que todos tenham acesso a um mundo mais empático e colaborativo.
Quem é o seu Role Model? Quais mulheres você admira e por quê?
Admiro muito a Malala Yousafzai, porque desde os 11 anos luta pelos direitos das mulheres. Ela se atreveu a ir para a escola, um lugar proibido para mulheres no Paquistão. Foi nesse momento que ela foi baleada na cabeça e quase morreu.
Em 10 de outubro de 2014, ela foi agraciada com o Prêmio Nobel da Paz e é uma importante ativista pelos direitos das crianças, sendo a mais jovem vencedora desse prêmio.
Como podemos incentivar o desenvolvimento profissional e a capacitação para as mulheres no campo empresarial e tecnológico?
Estimular e fortalecer os espaços de progresso trabalhista para as mulheres é fundamental em toda organização, sobretudo nesta indústria, onde o papel das mulheres foi muito excluído por muitos anos.
Nós temos a “Academia GTP”, uma plataforma de cursos e capacitação gratuita, onde nossas colaboradoras e colaboradores podem acessar conteúdos on-line, com o objetivo de oferecer oportunidades de aprendizado e crescimento dentro da Companhia.
É necessário criar oportunidades de desenvolvimento dentro das empresas, incentivar a atração e retenção de talentos e potencializar nossas equipes, que são o principal ativo de nossas Companhias.
Do setor em que você atua, como podemos contribuir para alcançar um mundo digital mais inclusivo?
As pessoas que trabalham estrategicamente produtos para digitalização de servicos em geral costuma afirmar que tudo é pensado para incluir mas ao contrário do varejo vejo muito pouca empatia para com o público que tradicionalmente utiliza os transportes, que é especificamente minha área de atuação. Há estereótipos construídos do cliente que me parecem estar ainda distantes do passageiro. Há alguns preconceitos que precisam ser vencidos como por exemplo o etarismo.
Acho que um mergulho profundo no dia a dia das rodoviária abraçaria com mais competência todos públicos.
Por outro lado há que se compreender que serviço digital ou tradicional bom é o continuo e para isso a segurança tem que estar em primeiro lugar.
A segurança do passageiro que precisa contar com um serviço de qualidade e fiscalizado pois ele não tem por aí condição de avaliar essa segurança no momento do embarque e a segurança jurídica para o empresário que só fará investimentos a longo prazo se tiver um essa percepção do ambiente de negóc
Quem é o seu modelo a seguir? Quais mulheres você admira e por quê?
Tenho muitas mulheres que me inspiram e também homens, mas em homenagem a elas eu citaria sempre e continuamente Luiza Helena Trajano que para mim foi gestora que melhor compreendeu a inclusão e a ideia de compartilhamento dentre o cenário brasileiro.
Na nossa associação vale citar que há mais de duas décadas atrás a ABRATI elegeu uma mulher para a Vice presidência, Sandra Oger, bem como Thereza Christina Villela uma procuradora que trabalhou no ambiente de transportes desde os anos 80, mulheres pioneiras que me abriram um valioso caminho e a quem não posso deixar de reconhecer e agradecer por ter pavimentado minha caminhada.
Como podemos promover a igualdade salarial e equidade de gênero no ambiente empresarial e tecnológico?
A capacitação e performance acima da média pode não ser a maneira mais justa mas no momento é a única maneira que as
Mulheres encontram de ter reconhecido seu valor. No futuro creio que isso irá mudar mas no momento o que posso e digo a todas é estude, seja curiosa, dedique-se mais e melhor assim será inafastável seu reconhecimento, se não for, mude de ambiente, busque outras mulheres para lhe oferecer apoio e ajuda, a vida reserva situações surpreendentes.
A partir da visão da Abrati, como as empresas e a sociedade em geral podem apoiar as mulheres para superar os desafios da discriminação de gênero no ambiente de trabalho e tecnológico?
A ABRATI foi uma das primeiras associações do transporte a contar com a participação de pioneiras na mesa do conselho, diretoria e auditório de associadas da entidade. Nosso desejo é de que o transporte de passageiros seja um cada vez mais um setor de oportunidades e crescimento para mulheres, e para isso, a ABRATI trabalha como rede de apoio e