Este ano, a ONU definiu como tema do Dia Internacional da Mulher o seguinte: “Por um mundo digital inclusivo: Inovação e tecnologia para a igualdade de gênero”. Na Reservamos SaaS, quisemos retomar essa reflexão para conversar com mulheres destacadas que fazem parte do setor rodoviário e que estão mudando o jogo da inovação e do desenvolvimento tecnológico. Conversamos com elas sobre o impacto da participação das mulheres para acelerar a inovação e o desenvolvimento tecnológico e sobre como estão impulsionando o crescimento do setor por meio de suas ideias, talento e visão.
Seu exemplo e trajetória demonstram que a presença das mulheres é fundamental para traçar novos caminhos em direção a um futuro mais igualitário e tecnologicamente avançado.
Do setor em que você atua, como podemos contribuir para alcançar um mundo digital mais inclusivo?
Eu acredito principalmente na educação voltada para inovação e tecnologia, ligadas a iniciativas que incentivam a igualdade de gênero dentro do mundo Digital, que possui poucas profissionais Mulheres e ao mesmo tempo, oportunidades em uma área em que mão de obra é escassa.
Quem é o seu modelo a seguir? Quais mulheres você admira e por quê?
Tenho admiração por várias que conheci ao longo da vida no ambiente pessoal e profissional. Minha Mãe, Avó, Primas, Amigas, Colegas de trabalho… Mulheres com histórias distintas de vitórias e superação que me ensinam e inspiram!
Vou citar 2 Influenciadoras que sigo e aprendo muito que são Camila Farani e Nath Arcuri. Gosto do conteúdo mas principalmente do propósito delas de disseminar conhecimento e apoiar outras Mulheres a alcançarem seus sonhos.
Que conselhos você daria para outras mulheres que estão começando a trabalhar e querem alcançar cargos de liderança em suas empresas?
Mulheres precisam ocupar espaços, assumindo também postos de liderança, na busca por igualdade nas empresas. É necessário lutarmos por um ambiente corporativo diverso, com Homens e Mulheres em igual proporção, permitindo diferentes perspectivas que resultam em uma gestão equilibrada e de sucesso.
Temos que saber que é possível sim agregar com nossa competência e singularidade, respeitando nossas crenças, valores e competências, que nem sempre serão o perfil/modelo do homem/masculino, mas igualmente potente e transformador.
Do setor em que você atua, como podemos contribuir para alcançar um mundo digital mais inclusivo?
Como primeiro passo, devemos criar consciência e aceitar as capacidades e habilidades das pessoas, independentemente do gênero. Como sociedade, temos muitos estereótipos nos quais colocamos atividades apenas porque sempre foi assim. Felizmente, essa lacuna tem sido um pouco mais aberta, com maior aceitação e disseminação, tornando as coisas um pouco mais equitativas.
Considero uma boa iniciativa os grupos criados em que a equipe de mulheres se reúne para desenvolver e se capacitar em atividades do ambiente digital, pois isso pode servir como suporte e dar segurança às mulheres para se estabelecerem no ambiente de trabalho e pessoal.
Em termos de difusão midiática e pela época em que nos encontramos, as redes sociais continuarão a funcionar como a ferramenta mais adaptável.
Quem é o seu modelo a seguir? Quais mulheres você admira e por quê?
Carol Shaw é conhecida por ser a primeira mulher designer de jogos profissional. Ela trabalhou para a Atari e a Activision. É a criadora do jogo River Raid para o Atari 2600, lançado em 1982, com mais de um milhão de unidades vendidas.
Quais foram os maiores desafios que você enfrentou em sua carreira devido ao seu gênero e como os superou?
No meu caso, estudei Engenharia de Sistemas Computacionais e o simples fato de estudar engenharia, onde o nome sempre foi usado para se referir às pessoas que a estudam como Engenheiro, e só relativamente recentemente é que o termo Engenheira foi reconhecido.
Ao cursar matérias relacionadas à programação de circuitos, por exemplo, pois certamente dentro dessas atividades é necessário soldar algumas partes, ter contato com corrente elétrica, entre outras coisas, que geralmente são consideradas atividades exclusivas para homens.
Uma parte fundamental para enfrentar os estereótipos é a segurança que temos em nós mesmos e aceitar que não nascemos sabendo tudo, que homens e mulheres podem aprender qualquer tipo de conhecimento e habilidades. Como indivíduos, devemos aprender a nos respeitar.